
IRÃ
- Última chamada! Chiraz, linha 307 sai às sete. Alardeava o irredutível comissário de embarque da “Expresso Zayandé”. Sua voz conferia-lhe uma verossímel austeridade profissional, quase uma intimação, não o fosse a tenra idade. Sim, o garoto iraniano expunha uma certa vaidade pertinente à afirmação dos jovens através do trabalho e que, sem exagero afirmar, em farsi, assumia uma superlativa aura de nostalgia.
Fato que em seus autos, a massa falida Expresso Zayandé, não possuía licença para trafegar fora dos limites de Isfahan, em ocorrência de sua situação jurídica. Tampouco para investir um vintém que fosse na renovação de sua frota - com efeito, era a maior e mais obsoleta caravana de latas-velhas da cidade.
Pois sim, foi exatamente encabulada e sacolejante a conquistar os mais austeros buracos da viela poeirenta que partira o último carro da intrépida viação.
O estilo bricabraque hegemônico nas aromatizadas e hipnóticas “chaykunés”, casas de chás mais elegantes do planeta, sempre dispostas à poesia secular, aos românticos narguilés, com seus saborosos aromas, instaladas sobre as decrépitas pontes de pedra do antigo império persa, eram inadvertidamente transversalizadas pela artéria obstruída e eloqüente do tráfego semanal, o que constituía em si, um paradoxo.
A despeito do feriado da Áurea Condolência, descobriam-se uma romaria estática através da qual desfilavam buraqueiras corruptas e imperfeições afins daquele acidente paisagístico que em um emirado longínquo havera de chamar-se pavimento. Restava a nuvem ciano que os escapamentos expeliam, confundindo-se com a poeira da rua e garantindo a débeis pombos um enfileiramento deveras desajeitado no parapeito do centenário para dali a pouco, provavelmente aflitos por ar puro dispersarem-se em gorjeio mútuo.
Andrew farejava fumo suave, orvalho jovem com sabor de maçã, menta ou laranja, embalado pelo som das águas sob a ponte Chuby. Taciturno a perambular o labirinto de vielas estreitas que ligam os trinta e três aros da ponte Si-o-Sé, todos invariavelmente cênicos, era naquela noite constelada aportado por voluptuosas formas de neon violeta nas torres de templo e vento pontuadas por estradas bucólicas e fragrâncias que indicavam os sabores milenares do império que ainda iam à mesa.
- “Saudoso velhaco!”. Era a sentença que lhe pairava a idéia ao avistar a silhueta familiar acomodada próximo à janelinha forrada de tapete, lânguida que não se opunha nem por um instante em conjugar seu “ghalian”, com uma robusta esfiha recém sacada do misterioso pacote pardo, num movimento sagaz que dizia respeito aqueles destemidos cowboys do velho oeste, dir-se-ia um John Wayne.
Ali estava Nado Rosso, a quem Andrew capturava com olhar atônito e que desta vez, conduzia a cena como um foco de uma velha super-oito. Uma super-oito imaginária e alheia ao tempo, que internalizava a paisagem rococó, recriando-a em pequenas tomadas daquele estranho mundo.
À sua maneira, dissimulava Andy, um andar objetivo e apanhou-se a rir da aura de detetive. Voltar a si, mudar de estratégia, concordou. Lhe ocorreu então, que se não estivesse ali para ter com Rosso, seria provavelmente um observador de pássaros daqueles melancólicos programas de tv da Transtel Produtora. Diminui a marcha como o fazem os curiosos nas adjacências dos acidentes de trânsito.
Havia um desses bartenders. O do tipo bartender, e também havia, é verdade, um desafino uníssono de risadas descartáveis alheias aquele epopéico reencontro. A voz de Nado Rosso não é, a rigor uma voz imponente, mas talvez ressonasse como uma vibração sutilmente enérgica para além do desembestar da rouquidão:
- Chay! Concordava com o cara de avental, o que fazia o tipo bartender, que aproximava-se de sua mesa oferecendo a bebida quente acompanhada por cristais de açúcar para serem postos a boca e derretidos pelo chá, em uma manobra atávica, a desalojar um desdenhoso bocejo.
A lei seca iraniana, longe de ser apenas uma instituição é por excelência, um discurso. – Chivas! Proferiu a esmo Nado Rosso orientando com inconfundível gesto de dois dedos. Por um instante desejou não transitar com proficiência em farsi, para que o falatório massivo viesse a transubstanciar-se num único fluído sonoro despojado de sua função original – comunicar. Ocorreu então, que em uma solubilidade meteórica, Rosso é arrancado violentamente de sua voluntária introspecção do abstrato ao aproximar de uma sombra viva, oriunda de um passado próximo.
- “...Ah! ambição ocidental! Só não é menor que a avidez desta mosca à espreitar meus cubos de açúcar. Aludiu, em tom irônico ( que lhe prestara de faixada para o súbito desconcerto gerado pelo visitante) e prosseguiu sem desviar o olhar jurídico sobre o jovem:
- Codinome Homem-Mosca. Ao que instantaneamente replicou o rapaz. – permita-me observar-lhe, mas não há aqui em Isfahan, um único fiapo de prova que evidencie jus ao emprego de formalidades!
- É verdade. Avaliou o velho e desta vez sua voz assumia um tom indulgente. Sendo assim, será um prazer que se apresse junto à nossa casa, afim de saborear algumas de nossas especialidades acompanhadas por bom fumo. Sem hesitar o recém chegado assume assento sobre a esteira, buscando sucessivamente um alojar-se confortável e num segundo momento, à revelia do semblante costumeiramente sisudo que o tempo moldara no intuito de conferir-lhe escudo ante a aridez do mundo, assinalara um pacto de trégua sob efeito da penumbra que adentrava mansamente o ressinto e assumia enfim, deliberado ar de amistosidade:
- Percebe-se, e isso é espantoso Nado, que para um técnico em explosivos te tornastes um proeminente ecônomo.
- É um empreendimento modesto, em que a grandiosidade repousa na intenção de prover aconchego às almas cansadas e refúgio a ocidentais insatisfeitos com sua comida-lixo, digo fast-foods. Refletia Rosso, emprestando ainda que ínfimo, um tom de ironia as suas considerações e acrescenta ainda:
- Sabe Andy, o fim da vida é o fim da vida até mesmo para um assassino saudita e merece ser assistido pelo cajado da dignidade. No entanto, não esperava a pronta réplica do jovem :
- Deixa de conversa mole seu porco! É evidente que não escolheu o Irã apenas para ser o recôncavo de sua aposentadoria.
-Não? Pois prossiga. Orientou o velho sem despojar-se da atitude serena.
- Ou seria porque a vizinha Teerã é a capital mundial do MDMA e esta espelunca a faixada perfeita para lavar seu faturamento sujo? Retaliou o sisudo jovem.
- Ah... o MDMA líquido. Leia-se, a matéria prima para amortecer o mal-estar da civilização densamente povoada pelos amantes do liberalismo e da democracia. Pondera Rosso que no tocante à acusação recente presta-se a mais uma rajada de humor negro : - Francamente meu caro confráter, acaso pensou o patrício que o Hezzbolah é nosso único artigo exportação?
- Deixa ver. Após anos operando em conjunto, parece coerente que a milícia ofereça guarida à suas transações. Conclui o jovem a equação que lhe empresta a impressão de um inelutável sentido e prosseguiu – Mesmo um organismo de caráter fatricida depende, por assim dizer, de uma estrutura financeira que o sustente e nesse caso, o percentual exigido não é nada modesto.
- Pra um delator profissional, sentencia o velho, te saístes um analista político não menos que promissor. Outrossim, temo precipitar-lhe que o ponto é que a milícia fundamentalista é o povo. São estudantes, advogados, são os operários e se por um lado estão camuflados em áreas civis, o “Consorte das Rapinas” não apresenta menor constrangimento em considerá-los alvo. Afinal, são os “Caras do Mal”.
- É tudo muito bonito. Não o fosse o fato de cooptarem o imaginário público como campo de exploração ideológica. É o que chamamos de engenharia de consentimento. Numa próxima etapa não encontram resistência para que a população lhes sirva de escudo, basta que sigam seus sentimentos. Ao que o velho lançava mão de sua última e letal ogiva:
- Parece que a apropriação indevida não é monopólio apenas do Governo Imperialista, não é mesmo meu duplo-cidadão? Acometido de um potencial ímpar para o sarcasmo, pontua o velho Rosso: - Pois falemos de sentimentos. Seriam acaso, compostos por uma substância comum à que tão friamente soubestes suprimir quando da delação de seu afeto compatriota? Como se chamava mesmo? Deixa ver... ah, como poderia? – Esteban Maroto, não é esse o nome?
- Calhorda! Espumava Andy. Foi você quem colocou os explosivos no carro dos calouros. A missão era compartimentada e não havia condições para eu compreender as conseqüências ao entregar-lhes o Dossiê Esteban.
- Uma operação conjunta eu diria. Precisou o velho. Nascida da multisciplinaridade em que seus serviços foram de suma importância.
- Velho filho da puta! ... faça-me o favor de morrer logo,seu puto. Pragueja o belicoso e chulo Andrew.
- Se Deus quiser, filho... se Deus quiser. Sussura o velho asiático, mirando o afastar-se do jovem desolado. Durante longos minutos sustentou o olhar que fitara a operação inversa do amigo que peregrinava de volta à meca ocidental- o Fast food – local sagrado onde líquida e seguramente começava a américa. Suspensa no ar, a fragrância anis do “ghalian” represava-se junto ao lustre pingente do obsoleto salão persa como se testemunhasse a inutilidade daquele reencontro.
Concluído em 20 de Fevereiro de 2007.
- Última chamada! Chiraz, linha 307 sai às sete. Alardeava o irredutível comissário de embarque da “Expresso Zayandé”. Sua voz conferia-lhe uma verossímel austeridade profissional, quase uma intimação, não o fosse a tenra idade. Sim, o garoto iraniano expunha uma certa vaidade pertinente à afirmação dos jovens através do trabalho e que, sem exagero afirmar, em farsi, assumia uma superlativa aura de nostalgia.
Fato que em seus autos, a massa falida Expresso Zayandé, não possuía licença para trafegar fora dos limites de Isfahan, em ocorrência de sua situação jurídica. Tampouco para investir um vintém que fosse na renovação de sua frota - com efeito, era a maior e mais obsoleta caravana de latas-velhas da cidade.
Pois sim, foi exatamente encabulada e sacolejante a conquistar os mais austeros buracos da viela poeirenta que partira o último carro da intrépida viação.
O estilo bricabraque hegemônico nas aromatizadas e hipnóticas “chaykunés”, casas de chás mais elegantes do planeta, sempre dispostas à poesia secular, aos românticos narguilés, com seus saborosos aromas, instaladas sobre as decrépitas pontes de pedra do antigo império persa, eram inadvertidamente transversalizadas pela artéria obstruída e eloqüente do tráfego semanal, o que constituía em si, um paradoxo.
A despeito do feriado da Áurea Condolência, descobriam-se uma romaria estática através da qual desfilavam buraqueiras corruptas e imperfeições afins daquele acidente paisagístico que em um emirado longínquo havera de chamar-se pavimento. Restava a nuvem ciano que os escapamentos expeliam, confundindo-se com a poeira da rua e garantindo a débeis pombos um enfileiramento deveras desajeitado no parapeito do centenário para dali a pouco, provavelmente aflitos por ar puro dispersarem-se em gorjeio mútuo.
Andrew farejava fumo suave, orvalho jovem com sabor de maçã, menta ou laranja, embalado pelo som das águas sob a ponte Chuby. Taciturno a perambular o labirinto de vielas estreitas que ligam os trinta e três aros da ponte Si-o-Sé, todos invariavelmente cênicos, era naquela noite constelada aportado por voluptuosas formas de neon violeta nas torres de templo e vento pontuadas por estradas bucólicas e fragrâncias que indicavam os sabores milenares do império que ainda iam à mesa.
- “Saudoso velhaco!”. Era a sentença que lhe pairava a idéia ao avistar a silhueta familiar acomodada próximo à janelinha forrada de tapete, lânguida que não se opunha nem por um instante em conjugar seu “ghalian”, com uma robusta esfiha recém sacada do misterioso pacote pardo, num movimento sagaz que dizia respeito aqueles destemidos cowboys do velho oeste, dir-se-ia um John Wayne.
Ali estava Nado Rosso, a quem Andrew capturava com olhar atônito e que desta vez, conduzia a cena como um foco de uma velha super-oito. Uma super-oito imaginária e alheia ao tempo, que internalizava a paisagem rococó, recriando-a em pequenas tomadas daquele estranho mundo.
À sua maneira, dissimulava Andy, um andar objetivo e apanhou-se a rir da aura de detetive. Voltar a si, mudar de estratégia, concordou. Lhe ocorreu então, que se não estivesse ali para ter com Rosso, seria provavelmente um observador de pássaros daqueles melancólicos programas de tv da Transtel Produtora. Diminui a marcha como o fazem os curiosos nas adjacências dos acidentes de trânsito.
Havia um desses bartenders. O do tipo bartender, e também havia, é verdade, um desafino uníssono de risadas descartáveis alheias aquele epopéico reencontro. A voz de Nado Rosso não é, a rigor uma voz imponente, mas talvez ressonasse como uma vibração sutilmente enérgica para além do desembestar da rouquidão:
- Chay! Concordava com o cara de avental, o que fazia o tipo bartender, que aproximava-se de sua mesa oferecendo a bebida quente acompanhada por cristais de açúcar para serem postos a boca e derretidos pelo chá, em uma manobra atávica, a desalojar um desdenhoso bocejo.
A lei seca iraniana, longe de ser apenas uma instituição é por excelência, um discurso. – Chivas! Proferiu a esmo Nado Rosso orientando com inconfundível gesto de dois dedos. Por um instante desejou não transitar com proficiência em farsi, para que o falatório massivo viesse a transubstanciar-se num único fluído sonoro despojado de sua função original – comunicar. Ocorreu então, que em uma solubilidade meteórica, Rosso é arrancado violentamente de sua voluntária introspecção do abstrato ao aproximar de uma sombra viva, oriunda de um passado próximo.
- “...Ah! ambição ocidental! Só não é menor que a avidez desta mosca à espreitar meus cubos de açúcar. Aludiu, em tom irônico ( que lhe prestara de faixada para o súbito desconcerto gerado pelo visitante) e prosseguiu sem desviar o olhar jurídico sobre o jovem:
- Codinome Homem-Mosca. Ao que instantaneamente replicou o rapaz. – permita-me observar-lhe, mas não há aqui em Isfahan, um único fiapo de prova que evidencie jus ao emprego de formalidades!
- É verdade. Avaliou o velho e desta vez sua voz assumia um tom indulgente. Sendo assim, será um prazer que se apresse junto à nossa casa, afim de saborear algumas de nossas especialidades acompanhadas por bom fumo. Sem hesitar o recém chegado assume assento sobre a esteira, buscando sucessivamente um alojar-se confortável e num segundo momento, à revelia do semblante costumeiramente sisudo que o tempo moldara no intuito de conferir-lhe escudo ante a aridez do mundo, assinalara um pacto de trégua sob efeito da penumbra que adentrava mansamente o ressinto e assumia enfim, deliberado ar de amistosidade:
- Percebe-se, e isso é espantoso Nado, que para um técnico em explosivos te tornastes um proeminente ecônomo.
- É um empreendimento modesto, em que a grandiosidade repousa na intenção de prover aconchego às almas cansadas e refúgio a ocidentais insatisfeitos com sua comida-lixo, digo fast-foods. Refletia Rosso, emprestando ainda que ínfimo, um tom de ironia as suas considerações e acrescenta ainda:
- Sabe Andy, o fim da vida é o fim da vida até mesmo para um assassino saudita e merece ser assistido pelo cajado da dignidade. No entanto, não esperava a pronta réplica do jovem :
- Deixa de conversa mole seu porco! É evidente que não escolheu o Irã apenas para ser o recôncavo de sua aposentadoria.
-Não? Pois prossiga. Orientou o velho sem despojar-se da atitude serena.
- Ou seria porque a vizinha Teerã é a capital mundial do MDMA e esta espelunca a faixada perfeita para lavar seu faturamento sujo? Retaliou o sisudo jovem.
- Ah... o MDMA líquido. Leia-se, a matéria prima para amortecer o mal-estar da civilização densamente povoada pelos amantes do liberalismo e da democracia. Pondera Rosso que no tocante à acusação recente presta-se a mais uma rajada de humor negro : - Francamente meu caro confráter, acaso pensou o patrício que o Hezzbolah é nosso único artigo exportação?
- Deixa ver. Após anos operando em conjunto, parece coerente que a milícia ofereça guarida à suas transações. Conclui o jovem a equação que lhe empresta a impressão de um inelutável sentido e prosseguiu – Mesmo um organismo de caráter fatricida depende, por assim dizer, de uma estrutura financeira que o sustente e nesse caso, o percentual exigido não é nada modesto.
- Pra um delator profissional, sentencia o velho, te saístes um analista político não menos que promissor. Outrossim, temo precipitar-lhe que o ponto é que a milícia fundamentalista é o povo. São estudantes, advogados, são os operários e se por um lado estão camuflados em áreas civis, o “Consorte das Rapinas” não apresenta menor constrangimento em considerá-los alvo. Afinal, são os “Caras do Mal”.
- É tudo muito bonito. Não o fosse o fato de cooptarem o imaginário público como campo de exploração ideológica. É o que chamamos de engenharia de consentimento. Numa próxima etapa não encontram resistência para que a população lhes sirva de escudo, basta que sigam seus sentimentos. Ao que o velho lançava mão de sua última e letal ogiva:
- Parece que a apropriação indevida não é monopólio apenas do Governo Imperialista, não é mesmo meu duplo-cidadão? Acometido de um potencial ímpar para o sarcasmo, pontua o velho Rosso: - Pois falemos de sentimentos. Seriam acaso, compostos por uma substância comum à que tão friamente soubestes suprimir quando da delação de seu afeto compatriota? Como se chamava mesmo? Deixa ver... ah, como poderia? – Esteban Maroto, não é esse o nome?
- Calhorda! Espumava Andy. Foi você quem colocou os explosivos no carro dos calouros. A missão era compartimentada e não havia condições para eu compreender as conseqüências ao entregar-lhes o Dossiê Esteban.
- Uma operação conjunta eu diria. Precisou o velho. Nascida da multisciplinaridade em que seus serviços foram de suma importância.
- Velho filho da puta! ... faça-me o favor de morrer logo,seu puto. Pragueja o belicoso e chulo Andrew.
- Se Deus quiser, filho... se Deus quiser. Sussura o velho asiático, mirando o afastar-se do jovem desolado. Durante longos minutos sustentou o olhar que fitara a operação inversa do amigo que peregrinava de volta à meca ocidental- o Fast food – local sagrado onde líquida e seguramente começava a américa. Suspensa no ar, a fragrância anis do “ghalian” represava-se junto ao lustre pingente do obsoleto salão persa como se testemunhasse a inutilidade daquele reencontro.
Concluído em 20 de Fevereiro de 2007.
